O trabalho de topografia em gabinete acompanhou igualmente os avanços tecnológicos, principalmente do domínio da informática, o que permitiu efectuar os cálculos e os desenhos dum modo muito mais rápido e preciso.

De facto, os cálculos que, por vezes, envolvem funções trigonométricas eram, até à disseminação intensiva dos computadores e máquinas de calcular electrónicas, realizados com auxílio de réguas e/ou tabelas trigonométricas especificamente preparadas para a topografia. Para as operações de cálculo mais simples dispunha-se já de máquinas de calcular, de início manuais (com manivela) e posteriormente eléctricas.

No gabinete são igualmente desenhadas as cartas ou plantas topográficas, imprescindíveis para a realização de estudos de planeamento e para a elaboração dos projectos de obras de engenharia civil. O seu papel é particularmente importante nas obras que transformam de forma significativa a superfície terrestre, envolvendo um movimento de terras apreciável, como sejam as vias de comunicação rodoviárias, ferroviárias e aeroportuárias.

Até ao aparecimento de programas informáticos que o produz de forma praticamente automática, o desenho era efectuado manualmente, utilizando-se ferramentas simples (réguas, esquadros, compassos, etc.). Mereciam especial destaque, pela utilidade do seu uso, as “escalas” que consistem em réguas de secção triangular com uma de 6 escalas distintas em cada face das arestas. Refira-se, ainda, a propósito do desenho, o recurso durante muitos anos ao pantógrafo, usado para ampliar (ou reduzir) figuras.

A medição de áreas, que actualmente também se pode obter por aplicação de programas informáticos, ainda hoje é feita com regularidade com o recurso ao planímetro. Contudo, este instrumento também tem beneficiado da evolução tecnológica, sendo substituídos os anteriores planímetros polares com leitura directa de escalas em cilindros pelos actuais planímetros digitais, com leituras e utilização extremamente simplificadas.