Mary Shelley 1797-1851
Mary Wollstonecraft Shelley, nascida Mary Wollstonecraft Godwin, mais conhecida por Mary Shelley, foi uma escritora britânica, filha do filósofo William Godwin e da feminista e escritora Mary Wollstonecraft.
O programa “Vamos a Livros” do Clube de Leitura FEUP passa a contar, a partir desta edição, com a participação regular de leitores na seleção de obras do acervo da Biblioteca FEUP.
A propósito do Dia Internacional da Mulher, “Celebrando as Mulheres” destaca a escrita no feminino desde o século XIX até aos nossos dias, em vários géneros literários.
O primeiro contributo é de Rosário Edmonds, colaboradora do Serviço de Documentação e Informação da FEUP e estudante de Línguas, Literaturas e Culturas:
Esta pequena seleção de obras escrita na sua totalidade por mulheres, pretende celebrar e destacar a escrita no feminino, e, talvez, dissociar as mulheres dos estereótipos a que estão quase sempre associadas. Assim, esta pequena seleção de obras foca a vertente política, ativista e libertadora da chamada condição feminina. Presas numa sociedade patriarcal, conseguiram através da escrita um papel importante num espaço habitualmente ocupado por homens, ao mesmo tempo que despertaram consciências.
Ninguém nasce mulher: torna-se mulher.
Simone de Beauvoir
Mary Wollstonecraft Shelley, nascida Mary Wollstonecraft Godwin, mais conhecida por Mary Shelley, foi uma escritora britânica, filha do filósofo William Godwin e da feminista e escritora Mary Wollstonecraft.
Ficcionista inglesa, de seu nome Mary Ann Evans Cross. Nasceu no Warwickshire em 1819 e faleceu em 1880. Inicialmente crente no Cristianismo, acabou por converter-se ao ateísmo racionalista, tendo colaborado ativamente na Westminster Review, de tendência positivista e radical, entre 1851 e 1854.
Emily Elizabeth Dickinson foi uma poetisa americana, considerada moderna em vários aspetos da sua obra. Emily Dickinson não publicou mais do que dez poemas durante a sua vida e alguns anonimamente.
Louisa May Alcott é uma autora americana que sonhava ser atriz mas que acabou por se tornar numa escritora incontornável no panorama da literatura juvenil. Criada com a família na Nova Inglaterra, cresceu rodeada de destacados intelectuais, tais como Nathaniel Hawthorne e Henry David Thoreau, amigos do seu pai, que era filósofo e professor.
Virginia Woolf nasceu em Londres a 25 de janeiro de 1882, filha de Sir Leslie Stephen, escritor e historiador ilustre da Inglaterra vitoriana.
Florbela Espanca foi uma poetisa portuguesa, autora de sonetos e contos importantes na literatura nacional. Foi uma das primeiras feministas de Portugal.
Em janeiro de 1908, nascia a francesa Simone de Beauvoir, filósofa, escritora e ícone do pensamento feminista e existencialista. O existencialismo é a corrente filosófica do século XX, que tem como expoentes, além de Beauvoir, intelectuais como Jean-Paul Sartre, Albert Camus e Maurice Merleau-Ponty.
Sophia de Mello Breyner Andresen foi uma das mais importantes poetisas portuguesas do século XX. Foi a primeira mulher portuguesa a receber o mais importante galardão literário da língua portuguesa, o Prémio Camões, em 1999.
Clarice Lispector, nascida Chaya Pinkhasovna Lispector, foi uma escritora e jornalista ucraniana naturalizada brasileira. Autora de romances, contos e ensaios, é considerada uma das escritoras brasileiras mais importantes do século XX e uma das maiores escritoras judias.
Deputada à Assembleia da República (1980-1991), interveio politicamente ao nível da cultura e do património, na defesa dos direitos humanos e dos direitos das mulheres. Autora da letra do Hino dos Açores. Juntamente com José Saramago (Prémio Nobel de Literatura, 1998), Armindo Magalhães, Manuel da Fonseca e Urbano Tavares Rodrigues foi, em 1992, uma dos fundadores da Frente Nacional para a Defesa da Cultura (FNDC).
Toni Morrison nasceu em 1931, em Lorain, Ohio. Ao longo da sua carreira, alternou o seu trabalho de docente na Universidade de Princeton com a atividade literária. Os seus romances abordam a problemática da população negra nos Estados Unidos da América, em particular a situação das mulheres.
Alice Ann Munro, nascida Alice Ann Laidlaw, é uma escritora canadiana de contos, considerada uma das principais escritoras da atualidade em língua inglesa. Foi agraciada com o Prémio Nobel da Literatura em 2013.
Sylvia Plath nasceu em Boston, nos Estados Unidos, no dia 27 de outubro de 1932. Reconhecida principalmente pela sua obra poética, Sylvia Plath escreveu também um romance semi-autobiográfico, A Campânula de Vidro ("The Bell Jar"), sob o pseudónimo Victoria Lucas, onde nos dá conta através da personagem Esther Greenwood da sua luta contra a depressão.
Escritora e jornalista nascida em Lisboa em 1937. Frequentou a Faculdade de Letras da capital, tendo pertencido ao grupo de Poesia 61 e colaborado em diversos jornais e revistas. Foi dirigente do ABC Cine-Clube e militante ativa nos movimentos de emancipação feminina.
Margaret Atwood, nascida em Otava em 1939, é a mais conhecida autora canadiana da atualidade, tendo publicado mais de quarenta livros de ficção, poesia e ensaio.
Romancista e contista portuguesa. Nasceu em 1946, no Algarve. Viveu os anos mais conturbados da Guerra Colonial em África. Foi membro da Alta Autoridade para a Comunicação Social.
Ana Luísa Amaral foi docente de Literatura Inglesa no Departamento de Estudos Anglo-Americanos da Faculdade de Letras do Porto.
Dulce Maria Cardoso nasceu em Trás-os-Montes, em 1964, na mesma cama onde haviam nascido a mãe e a avó. Tem pena de não se lembrar da viagem no Vera Cruz para Angola.