Santo António
Relógio D’Água, 2020
«Depois, o romance oferece um conhecimento concreto, não conceptual. a ótica do romance não demonstra: ela mostra, num esforço de desapropriação ideológica, por fidelidade à existência em si. Por exemplo, não é a caraterização intelectual, sociológica ou moral que conta, mas sim Santo António vivendo. Por fim, o romance é um instrumento de precisão, como existem poucos, pois está à altura da singularidade, liberdade, tragicidade e assombro da vida. Ele consegue relatar o superlativo e o minúsculo, o sublime e o mísero, a dor e a redenção, o pecado e a santidade. a partir daqui Agustina opera, e fá-lo com uma segurança metodológica indiscutível.»
Do Prefácio de José Tolentino de Mendonça