Premiados nas Palavras

O Prémio Nobel de Literatura, instituído por Alfred Nobel em 1895, é uma celebração da excelência literária homenageando autores cujas obras têm uma importância universal. Ao longo de mais de um século, a lista de laureados reflete uma diversidade de vozes e estilos, abrangendo diferentes épocas, culturas e perspetivas. Celebra autores cujas obras oferecem profundidade e inovação, refletindo a condição humana e enriquecendo o panorama literário global. Inicialmente, o prémio focava principalmente escritores da Europa Ocidental, mas, com o tempo, passou a reconhecer uma gama mais ampla de vozes e estilos de todo o mundo. Hoje, destaca autores que exploram questões contemporâneas e universais, utilizando diferentes abordagens narrativas e estilos literários

Ao premiar esses escritores, o Nobel de Literatura não só honra a tradição literária, mas também aponta para o futuro da escrita, oferecendo novas perspetivas sobre a experiência humana e ampliando a nossa compreensão da literatura em um contexto global.

Venha conhecer no Piso 0 alguns dos livros de autores Nobel da Literatura selecionados pela Biblioteca da FEUP.

Boas leituras!

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A ilha dos pinguins

A ilha dos pinguins

Uma comunidade de pinguins vê sua harmonia se esfacelar ao ser transformada em sociedade humana.
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Com esta situação imaginária Anatole France não só comprova ter visto muito mais longe que seus contemporâneos - pois antecipa o conflito mundial de 1914 - como traça um painel tão rico quanto atual da natureza do homem. Sarcasmo, ironia e certa dose de pessimismo juntam-se às anedotas, lendas e discussões acaloradas que percorrem toda a obra e enfatizam a desconcertante irreverência do autor.
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A peste

A peste

Na manhã de um dia 16 de abril dos anos de 1940, o doutor Bernard Rieux sai do seu consultório e tropeça num rato morto.
ler mais... Este é o primeiro sinal de uma epidemia de peste que em breve toma conta de toda a cidade de Orão, na Argélia. Sujeita a quarentena, esta torna-se um território irrespirável e os seus habitantes são conduzidos até estados de sofrimento, de loucura, mas também de compaixão de proporções desmedidas. Uma história arrebatadora sobre o horror, a sobrevivência e a resiliência do ser humano, A Peste é uma parábola de ressonância intemporal, um romance magistralmente construído, que, publicado originalmente em 1947, consagrou em definitivo Albert Camus como um dos autores fundamentais da literatura moderna.
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As Vinhas da Ira

As Vinhas da Ira

Na década de 1930, as grandes planícies do Texas e do Oklahoma foram assoladas por centenas de tempestades de poeira que causaram um desastre ecológico sem precedentes, agravaram os efeitos da Grande Depressão
ler mais... , deixaram cerca de meio milhão de americanos sem casa e provocaram o êxodo de muitos deles para oeste, rumo à Califórnia, em busca de trabalho. Quando os Joad perdem a quinta de que eram rendeiros no Oklahoma, juntam-se a milhares de outros ao longo das estradas, no sonho de conseguirem uma terra que possam considerar sua. E noite após noite, eles e os seus companheiros de desdita reinventam toda uma sociedade: escolhem-se líderes, redefinem-se códigos implícitos de generosidade, irrompem acessos de violência, de desejo brutal, de raiva assassina. Este romance que é universalmente considerado a obra-prima de John Steinbeck, publicado em 1939 e premiado com o Pulitzer em 1940, é o retrato épico do desapiedado conflito entre os poderosos e aqueles que nada têm, do modo como um homem pode reagir à injustiça, e também da força tranquila e estoica de uma mulher. As Vinhas da Ira é um marco da literatura mundial.
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Claraboia

Claraboia

Claraboia é a história de um prédio com seis inquilinos sucessivamente envolvidos num enredo.
ler mais...Acho que o livro não está mal construído. Enfim, é um livro também ingénuo, mas que, tanto quanto me recordo, tem coisas que já têm que ver com o meu modo de ser.» José Saramago
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Demasiada Felicidade

Demasiada Felicidade

Dez contos inéditos da vencedora do Man Booker International Prize de 2009.
ler mais... Na primeira história, uma jovem mãe é libertada, por um volte-face surpreendente, do sofrimento de ter perdido os seus três filhos. Noutra história, uma rapariga reage a um caso humilhante de sedução com uma solução astuta ainda que pouco louvável. Outros contos revelam as zonas de sombra de um casamento, a crueldade insuspeita das crianças ou a maneira como a cara desfigurada de um rapaz é o motor de tudo o que há de bom e de mau na sua vida. E na longa história que dá título ao livro, acompanhamos Sophia Kovalevsky — emigrante russa e matemática de finais do século XIX — numa viagem que empreende no Inverno através da Europa, até chegar à Suécia onde encontra finalmente uma universidade disposta a contratar uma mulher para leccionar Matemática. Alice Munro transforma uma vez mais acontecimentos e emoções complexos em histórias que iluminam a maneira imprevisível como os homens e as mulheres acomodam e muitas vezes transcendem o que acontece nas suas vidas.
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Kim

Kim

Num ambiente ora sedutor ora hostil, Kim, o protagonista, debate-se entre os valores da contemplação e de uma vida de acção que incontestavelmente o atrai, encerrando em si mesmo o contraste das culturas oriental e ocidental.
ler mais... Obra-prima de Kipling, Kim conta-nos a história de Kimball O'Hara, um jovem órfão, nascido e criado na Índia britânica, que vagueia pelas ruas de Lahore quando encontra um lama tibetano que irá mudar o rumo da sua vida. Levando-o consigo na sua procura por um rio místico, esta é muito mais do que uma viagem de descoberta, é uma missão secreta que prefigura o futuro de Kim como membro dos Serviços Secretos. Reunindo, numa prosa magistral, história e ficção, humor e poesia, Oriente e Ocidente, Kim encena uma viagem iniciática que nos introduz a um mundo fascinante, perigoso, exótico e excitante repleto de aventuras e espionagem.
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Manhã e noite

Manhã e noite

Um menino está prestes a nascer ¿ chamar-se-á Johannes como o avô e será pescador como o pai.
ler mais... Uma vida boa, é esse o desejo de quem o traz ao mundo, embora este seja um mundo duro, ruim e cruel. Um homem, velho e sozinho, morre ¿ chama-se Johannes e foi pescador. É o seu melhor amigo que o vem buscar rumo a esse destino onde não há corpos nem palavras, apenas tudo aquilo que se ama. Antes do regresso definitivo ao nada, Johannes revisita o museu da sua vida, longa, simples e quotidiana, confrontando-se paulatinamente com a morte num constante entrelaçamento de real e alucinação, passado e presente. Manhã e Noite é um romance sobre o maravilhoso sonho que é viver e a aceitação do ciclo natural das coisas. Numa linguagem poética e elíptica, inovadora e despojada, Jon Fosse condensa toda uma existência em dois momentos-chave, urdindo uma reflexão encantatória sobre o significado da vida, Deus e a morte.
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Mazurca para dois mortos

Mazurca para dois mortos

Um ritmo tão trágico quanto cruel, uma história de Espanha e uma galeria de personagens que nunca mais vamos esquecer.
ler mais... Explica por que razão Camilo José Cela foi premiado com o Nobel. O cego Gaudencio só tocou duas vezes a mazurca «Ma Petite Marianne»: em novembro de 1936, quando mataram Baldomero Afoito, e em janeiro de 1940, quando mataram Fabian Minguela. Depois nunca mais quis voltar a tocá-la. Eram os tempos turvos e vingativos da Guerra Civil de Espanha. Mazurca para Dois Mortos constitui uma impressionante rememoração do ambiente quase mítico da guerra, da Galiza rural e da violência humana. Um retábulo de vidas dominadas pela violência, pelo sexo e pela superstição atávica. Uma das melhores obras de um dos mais importantes escritores espanhóis contemporâneos, Mazurca para Dois Mortos alcançou em Espanha 18 edições em três anos e está traduzida em várias línguas europeias. É um genuíno tour de force quanto ao tratamento da forma narrativa. Estamos perante a obra de um dos mais altos expoentes da literatura espanhola, cujo perfeito domínio da ambiguidade e cuja capacidade para a criação de ambientes requintadamente insólitos só são superadas pelo manejo excecional das formas literárias.
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O Deus das moscas

O Deus das moscas

Publicado originalmente em 1954, O Deus das Moscas é um dos mais perturbadores e aclamados romances da atualidade.
ler mais... Um avião despenha-se numa ilha deserta, e os únicos sobreviventes são um grupo de rapazes. Inicialmente, desfrutando da liberdade total e festejando a ausência de adultos, unem forças, cooperando na procura de alimentos, na construção de abrigos e na manutenção de sinais de fogo. Porém, à medida que o frágil sentido de ordem dos jovens começa a fraquejar, também os seus medos começam a tomar sinistras e primitivas formas. De repente, o mundo dos jogos, dos trabalhos de casa e dos livros de aventuras perde-se no tempo. Agora, os rapazes confrontam-se com uma realidade muito mais urgente - a sobrevivência - e com o aparecimento de um ser terrível que lhes assombra os sonhos.
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O som e a fúria

O som e a fúria

O Som e a Fúria é a tragédia da família Compson, apresentando algumas das personagens mais memoráveis da literatura: a bela e rebelde Caddy, Benjy, o filho varão, o assombrado e neurótico Quentin; Jason, o cínico brutal, e Dilsey, o criado negro.
ler mais... Com as suas vidas fragmentadas e atormentadas pela história e pela herança, as suas vozes e ações enredam-se para criar o que é, sem dúvida, a obra-prima de Faulkner e um dos maiores romances do século XX. William Faulkner afirmou muitas vezes que O Som e a Fúria era o romance mais próximo do seu coração porque era o que lhe tinha causado mais sofrimento e angústia a escrever. Neste magnífico romance, publicado pela primeira vez em 1929, Faulkner criou a «menina dos seus olhos», a bela e trágica Caddy Compson, cuja história nos conta através dos monólogos separados dos seus três irmãos: Benjy, o idiota; Quentin, o suicida neurótico; e o monstruoso Jason. O Som e a Fúria é o seu quarto romance e a primeira das suas obras-primas indiscutíveis, aquela que, mais do que qualquer outra, confirmou Faulkner como figura central da literatura do século XX.
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O Tesouro

O Tesouro

Na pequena cidade costeira de Marstrand, os habitantes perguntam-se o que se passa com a natureza: o mar congelou até ao largo e já não há passagem para barcos e navios, só gelo espesso e rijo por todo o lado.
ler mais... Três soldados, mercenários escoceses, aguardam que a galeaça que os levará de regresso a casa desencalhe para partirem com um misterioso baú. Publicado originalmente em 1904, pouco antes de A Maravilhosa Viagem de Nils Holgersson através da Suécia, com o qual partilha vários elementos do fantástico, O Tesouro, ambientado na Suécia do século XVI, é uma história de fantasmas, de vingança e justiça sobrenatural, um romance inovador e moderno, que subverteu o género gótico, lançando temas precursores à época, como o do feminismo.
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Pigmalião

Pigmalião

Londres. São 23h15m. Torrentes de grossa chuva estival. Ouvem-se de todas as direcções frenéticos apitos chamando táxis.
ler mais... Próximo, o mercado de frutas e legumes de Covent Garden. Toda a gente observa tristemente a chuva, excepto um homem com a atenção concentrada num bloco de apontamentos em que vai tomando notas. Assim começa a história de um inesperado encontro entre o Prof. Higgins, o coronel Pickering e a vendedeira de flores Lisa Doolittle. Um encontro que vai dar origem a uma incrível aposta.
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Por quem os sinos dobram

Por quem os sinos dobram

Em 1937 Ernest Hemingway viajou para Madrid, com o intuito de aí realizar algumas reportagens sobre a resistência do governo legítimo de Espanha ao avanço dos revoltosos fascistas.
ler mais... Três anos mais tarde, concluiria a elaboração de um dos mais famosos romances sobre a Guerra Civil de Espanha, Por Quem os Sinos Dobram. A história de Robert Jordan, um jovem americano das Brigadas Internacionais, membro de uma unidade guerrilheira que combate algures numa zona montanhosa, é um relato de coragem e lealdade, de amor e derrota, que acabou por constituir um dos mais belos romances de guerra do século XX. «Se a função de um escritor é revelar a realidade», escreveria o editor Maxwell Perkins em carta dirigida a Hemingway após ter concluído a leitura do seu manuscrito, «nunca ninguém o fez melhor do que você.»
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Um lugar ao sol ; Uma mulher

Um lugar ao sol ; Uma mulher

Dois meses depois de passar nos exames finais para se tornar professora, o pai de Annie Ernaux morreu.
ler mais... Revisitando a memória da sua vida, no que ela teve de mais particular, repleta de confiança no trabalho árduo e igual dose de sonhos frustrados, complexos de inferioridade e vergonha, uma filha procura preencher um vazio que é seu, traçando em simultâneo um retrato coletivo sobre uma época, um meio social, uma ligação familiar. Pouco depois, também a mãe desapareceu, após uma doença prolongada que lhe arrasou a existência, intelectual e física, e mais uma vez cabe à filha restaurar, através da palavra escrita, a sua presença na história. Neste volume reúnem-se os dois textos de Annie Ernaux sobre estas perdas: Um Lugar ao Sol, sobre o pai, publicado em 1984 e vencedor do Prémio Renaudot, e Uma Mulher, sobre a mãe, lançado em 1988. Duas peças literárias fulgurantes, misto de biografia, sociologia e história, onde resplandece a ambivalência dos sentimentos que unem filhos e pais e o impacto da quebra desse elo vital.
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Vita Nova

Vita Nova

Vita Nova, que vários críticos consideram uma das mais significativas recolhas poéticas de Louise Glück
ler mais... é uma sequência de poemas que dramatiza o final de uma relação e o início de uma vida nova.
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