Dias Longos Pedem Bons Livros

O verão é sinónimo de férias, descanso e momentos ao ar livre. Seja na praia, no parque, na rede do quintal ou à beira da piscina, a leitura é uma excelente maneira de relaxar, viajar para novos mundos e descobrir novas perspetivas.

O “Vamos a Livros” da Biblioteca da FEUP reuniu um conjunto de livros para tornar o seu verão mais divertido, inspirador e cheio de aventuras literárias.

Estes livros esperam por si no piso 0 da Biblioteca da FEUP.

Boas leituras!

Para mais informações contacte: agora@fe.up.pt

A mão esquerda das trevas

A mão esquerda das trevas

Considerada uma obra maior da ficção científica, A Mão Esquerda das Trevas conta a história de um viajante solitário terrestre, enviado em missão para Inverno.
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O objetivo da missão é permitir que Inverno seja incluído numa civilização galáctica. Os seus dois regimes políticos mais importantes são uma monarquia governada por um rei extravagante e um regime comunal, dirigido por uma burocracia minuciosa e racionalista. Mas o mais estranho para o enviado terrestre é a particular androginia dos habitantes, que apenas numa dada fase assumem uma forma inteiramente feminina ou masculina, podendo ao mesmo tempo ser mães de umas crianças e pais de outras.
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A mão que mata

A mão que mata

Numa fria manhã de inverno, é encontrado um cadáver numa mansão na Serra de Sintra.
ler mais... A família Ávila estava aí reunida para formalizar as partilhas patrimoniais, na sequência do falecimento do patriarca e jamais imaginava que o processo seria interrompido daquela forma. O Inspetor Bruno Saraiva e a sua brigada da PJ são chamados a investigar, deparando-se com um caso peculiar: a vítima não era propriamente adorada pelos familiares, mas também ninguém tinha motivos para a querer morta. Terá o homicídio resultado de um assalto? As opiniões dividem-se e a família Ávila não parece muito disposta a colaborar com a polícia. Até que é encontrado um segundo cadáver na mansão…
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A senhora das Índias

A senhora das Índias

Nos séculos de ouro da presença portuguesa na Índia, uma mulher cristã protagonizou uma história de amor proibido com o poderoso imperador do Indostão.
ler mais... Juliana Dias da Costa, mulher excecional formada pelos jesuítas, rompeu os cânones do seu tempo, revelando uma cultura científica fora do comum e grandes habilidades diplomáticas, o que fez dela uma figura de grande destaque na corte mais rica e próspera do mundo. Tendo permanecido fiel à sua fé num ambiente predominantemente islâmico, Juliana ajudou a expandir a sua religião, ganhando reconhecimento tanto dos imperadores mogóis como do rei português. A Senhora das Índias recorda uma paixão inesperada e o contexto histórico rico e fascinante do império mogol e das relações entre Portugal e a Índia. Uma extraordinária história de amor e coragem que atravessa fronteiras e culturas, e que deixou um legado inigualável. “As pessoas ficarão surpreendidas e mesmo chocadas porque Juliana Dias da Costa foi a única personalidade da corte mogol que não só permaneceu cristã, mas também expandiu a sua fé, sendo agraciada com títulos e honrarias pelo imperador mogol e pelo rei português. O seu papel é tão grande e vasto que o mundo inteiro deveria conhecer o papel histórico desta maravilhosa senhora na corte mais rica do mundo.” RAGHURAJ SINGH CHAUHAN, antigo diretor do Museu Nacional de Nova Deli
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Aqui dentro faz muito barulho

Aqui dentro faz muito barulho

Escrever é o acto de pensamento mais justo. Obriga à escolha cuidadosa das palavras, a recuperar o pensamento que estava fixado e a fazê-lo voltar a mexer-se.
ler mais...Muitas vezes faz com que terminemos com o resultado contrário ao que tínhamos como certo antes de escrever a primeira palavra. Escrever crónicas obriga a um pensamento constante sobre o que nos rodeia, mas o que nos rodeia nem sempre é companhia aconselhável, e pensar sobre isso pode aumentar - para o bem e para o mal - o que antes não se via. Quando me convidaram para escrever crónicas semanais na revista Sábado (que sai à quinta, já agora), foi essa a minha dúvida: quais seriam as consequências de escolher mais uma maneira de ver de perto as coisas que me aleijam? Para me contrariar, aceitei. Enquanto escrevia dei por mim muitas vezes a pôr em causa o que pensava antes e a pensar sobre o que isso quereria dizer. Não cheguei a conclusão nenhuma, mas ao preparar este livro percebi que as coisas dentro da minha cabeça fazem muito barulho. Ordená-las e escrevê-las é ainda o último reduto de sanidade contra esse ruído. Este livro é uma compilação dessas crónicas que escrevi e que agora vieram para aqui viver todas juntas.
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As histórias que não se contam

As histórias que não se contam

Ana pergunta-se como seria hoje o seu dia-a-dia se tivesse sabido detetar no namorado os indícios da doença que o levou inesperadamente. Isabel
ler mais... , seis meses depois da tragédia que lhe virou a vida do avesso, ainda se sente culpada por não ter chegado a horas ao infantário naquela tarde de chuva. Marta, que ousou abandonar, ainda adolescente, uma casa onde era maltratada, não tem agora a coragem de confessar que o amor em que apostou tudo está longe de ser um mar de rosas. São três mulheres jovens, com a vida inteira pela frente, mas para quem o presente se tornou um fardo difícil de carregar e o futuro um tempo sem qualquer esperança. Quem poderia entender a sua dor incomparável? Para quê, então, contarem as suas histórias? Um acidente acabará por cruzar estas três desconhecidas num lugar onde muitas vidas se perdem, mas que para elas representará sobretudo o nascimento de uma amizade que lhes vai permitir lutarem contra o sofrimento e recuperarem aos poucos o ânimo e a vontade de viver. Porque quanto maior é o drama, maior tem de ser a partilha. Com uma linguagem cuidada e uma estrutura francamente original, este belíssimo romance de estreia, finalista do Prémio LeYa em 2015, traz para a cena questões de grande atualidade que afetam muitas mulheres e não devem ser silenciadas, e lê-se de um fôlego, mantendo o suspense até à última página.
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Baiôa sem data para morrer

Baiôa sem data para morrer

Quando um jovem professor decide aceitar a mão que o destino lhe estende, longe está de imaginar que, desse momento em diante, de mero espectador passará a narrador e personagem da sua própria vida.
ler mais... Na aldeia dos avós, no Alentejo mais profundo, Joaquim Baiôa, velho faz-tudo, decidiu recuperar as casas que os proprietários haviam votado ao abandono e assim reabilitar Gorda-e-Feia, antes que a morte a venha reclamar. Eis, pois, o pretexto ideal para uma pausa no ensino e o sossegar de um quotidiano apressado imposto pela modernidade. Mas, em Gorda-e-Feia, a morte insiste em sair à rua, e a pacatez por que o jovem professor ansiava torna-se um tempo à míngua, enquanto, juntamente com Baiôa, tenta lutar contra a desertificação de um mundo condenado. Num romance que tanto tem de poético como de irónico, repleto de personagens memoráveis e de exuberância imaginativa, e construído como uma teia que se adensa ao ritmo da leitura, Rui Couceiro põe frente a frente dois mundos antagónicos, o urbano e o rural, e duas gerações que se encontram a meio caminho, sobre o pó que ali se tinge de vermelho, o mais novo à espera, o mais velho sem data para morrer.
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Deus na escuridão

Deus na escuridão

«Deus é exactamente como as mães. Liberta Seus filhos e haverá de buscá-los eternamente. Passará todo o tempo de coração pequeno à espera, espiando todos os sinais que Lhe anunciem a presença, o regresso dos filhos.»
ler mais... Este livro explora a ideia de que amar é sempre um sentimento que se exerce na escuridão. Uma aposta sem garantia que se pode tornar absoluta. A dúvida está em saber se os irmãos podem amar como as mães que, por sua vez, amam como Deus. Passada na ilha da Madeira, esta é a história de dois irmãos e da necessidade de cuidar de alguém. Delicado e profundo, Deus Na Escuridão é um manifesto de lealdade e resiliência.
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Falar piano e tocar francês : arte, cultura e humanismo na era dos memes

Falar piano e tocar francês : arte, cultura e humanismo na era dos memes

Falar piano e tocar francês : arte, cultura e humanismo na era dos memes
ler mais... : a cena de um filme de João César Monteiro, as subtilezas escondidas numa partitura de Monteverdi, o deslumbramento captado por um poema de Sophia, a paixão por Veneza, cidade a que regressa todos os anos. A beleza pode não precisar de livro de instruções, mas a arte é uma forma de partilha onde o entusiasmo da mediação, o modo de ver, acrescenta significados ao objecto artístico, seja ele uma sinfonia, uma pintura ou um poema. É nesse diálogo permanente que este primeiro livro de Martim Sousa Tavares - assumindo os gostos do autor e não procurando ser consensual - pretende que seja o leitor a ter a última palavra.
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Lua de sangue

Lua de sangue

Novo livro da série com o inspetor Harry Hole, de Jo Nesbø, o mais famoso escritor de policiais do mundo.
ler mais... Duas jovens estão desaparecidas, e a única ligação entre ambas é o facto de terem estado na mesma festa organizada por um famoso empresário. Quando o corpo de uma delas é encontrado, a polícia descobre uma invulgar assinatura deixada pelo assassino, dando-lhe motivos para suspeitar que ele vai atacar de novo. A polícia tem pela frente um psicopata engenhoso com gostos muito particulares. E apanhá-lo requer um detetive com uma mente também muito particular. Mas o famoso Harry Hole está ausente. Retirado da polícia e a viver em Los Angeles, parece que nada o fará regressar a Oslo. Porém, ao saber que a mulher que lhe salvou a vida se encontra em perigo, acaba por se ver forçado a juntar-se à caça a este terrível assassino em série. Apanhá-lo vai levar Harry ao limite. Harry nunca enfrentou um adversário como este e vai ter de reunir uma equipa aparentemente imperfeita para fazer o que não pode fazer sozinho: deter um assassino imparável. Mas, à medida que as evidências se vão acumulando, torna-se claro que este caso tem muito mais que se lhe diga… Para Harry, passa a ser uma questão pessoal.
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Misericórdia

Misericórdia

Misericórdia é um dos livros mais audaciosos da literatura portuguesa dos últimos tempos. Como a autora consegue que ele seja ao mesmo tempo brutal e esperançoso, irónico e amável, misto de choro e riso, é uma verdadeira proeza.
ler mais... Não são necessárias muitas palavras para apresentá-lo - o diário do último ano de vida de uma mulher incorpora no seu relato o fulgor das existências cruzadas num ambiente concentracionário, e transforma-se no testemunho admirável da condição humana. Isso acontece porque o milagre da literatura está presente. Nos tempos que correm, depois do enfrentamento global de provas tão decisivas para a Humanidade, esperávamos por um livro assim. Lídia Jorge escreveu-o.
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O Ladrão de Arte

O Ladrão de Arte

Stéphane Breitwieser era capaz de lhe roubar a carteira neste preciso momento. Enquanto lê este texto. Mas as suas mãos treinadas preferem outro tipo de riqueza:
ler mais... a inigualável beleza das obras de arte. Com a ajuda da sua namorada Anne-Catherine e de um canivete suíço, este Lupin da vida real roubou mais de trezentas peças de museus e igrejas na Europa. A fim de as vender no mercado… perdão, para tê-las simplesmente no sótão da sua mãe, numa província francesa, e poder olhá-las sempre que acordasse ao lado da sua adorada. São cerca de duzentos assaltos, em oito anos consecutivos, um rombo total de mais de dois mil milhões de euros. Este livro é a extraordinária história do maior ladrão de arte de todos os tempos, uma lenda do crime digna de uma série televisiva. Pelo sim, pelo não: verifique os bolsos antes de o comprar.
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O meu corpo humano

O meu corpo humano

A arquitetura de o meu corpo humano liga cada uma das emoções, memórias e sensações a uma parte do corpo ou a determinados órgãos:
ler mais... da cabeça aos rins e aos tornozelos, dos olhos às mãos e ao coração, há sempre uma relação entre as partes do corpo - e o sofrimento que habita a nossa vida, a nossa memória e as marcas que deixamos ao passar. Depois de uma demorada interrupção na sua produção poética, Maria do Rosário Pedreira regressa com um livro cheio de beleza e iluminação, como uma aula de anatomia que procura os segredos de cada recordação.
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O nome que a cidade esqueceu

O nome que a cidade esqueceu

Ao aterrar na América, Natasha, refugiada de um país da ex-União Soviética, está longe de imaginar que o seu exílio se transformará numa aventura labiríntica pela grande cidade e pela alma humana.
ler mais... O caminho desta rapariga cheia de medos e sonhos cruza-se com o de George B., homem marcado por um passado misterioso, que vive em total isolamento em plena cidade, barricado num apartamento apinhado de objectos inúteis. George oferece a Natasha um emprego bizarro: ler-lhe em voz alta a lista telefónica de Nova Iorque. Enquanto a rapariga aprende a suportar as saudades da sua família e do seu país, esboçando uma nova vida na metrópole vibrante e crua, George, por seu lado, procura obsessivamente um nome entre os milhões de nomes que a cidade esqueceu; um nome que poderá salvá-lo, ou ser a sua danação. Tomando como inspiração uma história verdadeira publicada no New York Times, João Tordo constrói um romance enigmático, impulsionado pelo acaso e pela memória. O resultado é uma narrativa que disseca a solidão, grande doença dos nossos tempos, confrontando as suas personagens e os leitores com o passado com que todos tentamos reconciliar-nos. O Nome que a Cidade Esqueceu marca o regresso de um dos escritores mais estimados do público a um lugar que lhe é familiar, numa história plena de imaginação, arrojo, candura e compaixão.
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O sexo das mulheres : fragmentos de um discurso belicoso

O sexo das mulheres : fragmentos de um discurso belicoso

Neste livro não há muito pudor, nem decoro, nem tranquilidade. Quase tudo é explosivo, mesmo quando a autora sussurra confidências
ler mais... - a sua história extremamente pessoal e a memória familiar trans-formam-se num manifesto feminista: a violação (e a violação do desejo feminino), a sua negação, a sua instrumentalização. Neste texto iconoclasta, torrencial, a autora diz em voz alta e com rara audácia o que muitas mulheres pensam consigo mesmas e o que muitos homens se recusam a imaginar acerca de desejo feminino, maternidade, estupro, a suposta «zona cinzenta» do consentimento, o diálogo impossível entre os sexos, o «Me Too» e a nova caça às bruxas, a educação dos filhos, o olhar masculino que domina o mundo das artes e das letras - e sempre com humor devastador. E se o riso fosse a arma mais poderosa para superar os nossos antagonismos estéreis? E se os homens desconhecem, mesmo, as mulheres? E se o sexo das mulheres fosse essa torrente de festa, desejo, humor, fúria, pacificação, antagonismo, delicadeza?
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Obras Completas de Maria Judite de Carvalho

Obras Completas de Maria Judite de Carvalho

A presente coleção reúne a obra completa de Maria Judite de Carvalho, considerada uma das escritoras mais marcantes da literatura portuguesa do século XX.
ler mais... Herdeira do existencialismo e do nouveau roman, a sua voz é intemporal, tratando com mestria e um sentido de humor único temas fundamentais, como a solidão da vida na cidade e a angústia e o desespero espelhados no seu quotidiano anónimo. Observadora exímia, as suas personagens convivem com o ritmo fervilhante de uma vida avassalada por multidões, permanecendo reclusas em si mesmas, separadas por um monólogo da alma infinito. O presente volume inclui as crónicas publicadas sob o pseudónimo de Emília Bravo.
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Oito contos

Oito contos

Dylan Thomas foi, além de um dos grandes poetas de língua inglesa do século xx, um extraordinário contista, dono de um sentido de humor singular e capaz da construção de personagens vibrantes, como comprovam os oito textos reunidos neste volume.
ler mais... Entre eles, «Os Pêssegos» ou «Um Sábado de Calor», baseados nas suas memórias de infância e juventude, «A Escola de Bruxas», narrativa repleta de misticismo inspirada na mitologia galesa, e «Móveis com Fartura», de humor surrealizante. Histórias de amor ou de miséria, divertidas ou desoladoras, todas elas são plenas de vívidas imagens poéticas e reveladoras de uma comovente compaixão pelos seres que as habitam
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Os diários secretos

Os diários secretos

Erica Falck faz uma descoberta surpreendente: junto aos diários da mãe, falecida há poucos anos, encontra uma medalha nazi.
ler mais... Determinada a descobrir a verdade sobre o passado da sua família, Erica procura a ajuda de Erik Frankel, um velho historiador especializado na II Guerra Mundial e amigo próximo da mãe. Uns dias depois, o homem é assassinado. Terá a visita de Erica estado na origem deste brutal desfecho? Contra a sua própria vontade, vê-se obrigada a ler os diários da mãe, onde encontra chocantes segredos sobre o passado de Erica, que alguém procura a todo o custo esconder. Embora esteja de licença de paternidade, Patrik Hedström assume a investigação da morte do famoso historiador, ciente de que o caso está intimamente relacionado com o passado obscuro da família de Erica. Neste quinto livro da coleção Os crimes de Fjällbacka, Camilla Läckberg volta a demonstrar a sua imagem de marca, combinando com mestria a vida de uma jovem na Suécia, em plena II Guerra Mundial, com o presente.
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Os esquecidos de domingo

Os esquecidos de domingo

Aos 22 anos, Justine vive com os avós e o primo, Jules, desde que os pais de ambos morreram num acidente.
ler mais... Os dias de Justine parecem suceder-se sem que nada se altere: trabalha nas Hortênsias, um lar de idosos na pequena aldeia onde habita, e adora conversar com os residentes. Entre eles, está Hélène, uma centenária cujo sonho sempre foi aprender a ler. Justine e Hélène criam um profundo laço de amizade, alimentado pelas horas que passam a escutar-se e a partilhar memórias e sentimentos. E eis que, enquanto as conversas se multiplicam, três coisas acontecem: Justine começa a interrogar-se sobre a morte dos pais, compra um caderno no qual começa a escrever regularmente, e, no lar, surgem estranhos telefonemas que vão provocar uma pequena revolução nas Hortênsias… De que forma se entrelaçam as histórias? Como podem as antigas e novas memórias fazer Justine mudar o rumo da sua vida? Como já nos habituou, Valérie Perrin deslumbra-nos com a sua enorme sensibilidade ao tratar os temas mais delicados das nossas vidas num romance em que a melancolia e a graça andam de mãos dadas e nada é deixado ao acaso do destino
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Os lindos braços da Júlia da farmácia

Os lindos braços da Júlia da farmácia

Em cada história de J. Rentes de Carvalho estamos todos nós. Observadores e observados, criaturas e criadores, adoradores de enigmas, cómicos ou envergonhados. É o que somos, personagens à deriva.
ler mais... «Os braços da Júlia da farmácia ainda um dia o deitam a perder. No emprego usa a bata branca do regulamento, mas na rua, mal o tempo aquece, passeia-os em todo o esplendor da nudez, e a impressão que tem é que ela faz aquilo de propósito, com a única intenção de lhe acender calores que julgava extintos.» Uma história por dia para percorrer este livro de ponta a ponta. Ou seja, saiba tudo sobre o crime passional de Bebé Almeida e onde fica a Quinta do Mobutu, conheça a crueldade de um filantropo inglês, reveja o desfile da Mocidade Portuguesa em dezembro de 1944, visite (sem pudor) o afamado bordel de Madame Blanche, emocione-se com os pormenores de uma paixão tórrida em Sevilha, recorde aventuras de crime e contrabando nas margens do Minho, saiba um pouco de espiritismo brasileiro - e, finalmente, imagine como realmente se pode deitar tudo a perder por causa dos macios, dourados, indecorosos e lindos braços da Júlia da Farmácia.
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Os mares do Sul

Os mares do Sul

Na cidade de Barcelona, o detetive particular Pepe Carvalho tem de investigar as causas de um crime misterioso.
ler mais... Um importante empresário chamado Stuart Pedrell aparece morto, esfaqueado, num bairro dos limites da cidade quando, ao longo desse último ano, todos pensavam que estava em viagem pela Polinésia, revisitando a ideia mítica de Gauguin e dos mares do Sul. O trabalho de Carvalho - um detetive barcelonês de origem galega, ex-comunista, gastrónomo - é descobrir o que Stuart Pedrell fez durante esse ano. Para isso, começa por conhecer a personalidade peculiar da vítima - os seus passatempos intelectuais e a sua obsessão em seguir os passos de Gauguin e ir aos mares do Sul, que no romance é um símbolo insistente do sonhado e do irrealizável, símbolo de plenitude e purificação moral. Ao mesmo tempo, Pedrell está no centro de um turbilhão que tem como pano de fundo o sentimento de frustração geral vivido na Catalunha. Da alta sociedade rica ao submundo dos subúrbios, o romance traça um quadro intenso de personagens e ambientes que reflete os conflitos pessoais e coletivos da Espanha daquela época, mas também o conjunto de contradições que se vivia e continua a viver na Catalunha.
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Quando os rios se cruzam

Quando os rios se cruzam

Para Leonor, ir de Erasmus significava começar de novo - aqueles meses em Turim seriam o balão de oxigénio de que tanto precisava para se afastar da mãe controladora, talvez até libertar-se da pessoa reservada e observadora que tinha aprendido a ser em casa. Onde ninguém a conhecesse, poderia ser quem quisesse.
ler mais... Na cidade italiana, ela descobre partes de si que ignorava existirem, muitas delas novas e entusiasmantes. Mas há um outro lado de si que se revela, uma parte que a envergonha e amedronta - atitudes em que não se reconhece e cujas consequências vão ficar consigo para sempre. Dez anos depois, mais uma vez a adiar o reencontro com o passado, Leonor dá por si a revelar a uma estranha tudo o que aconteceu naqueles meses - e de que forma o fogo, até então tão inofensivo, acabou por lhe deixar marcas eternas. Depois de um romance de estreia que se tornou um sucesso imediato, Rita da Nova está de volta com uma personagem complexa em busca de si própria, que procura conciliar as suas várias versões. Afinal, somos mais nós quando estamos junto das pessoas que nos conhecem ou quando estamos longe de tudo e podemos ser quem quisermos?
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Três mulheres no beiral

Três mulheres no beiral

Em plena Baixa do Porto há uma rua icónica com uma fiada de prédios, onde os modos tripeiros convivem com a música dos artistas, a sinfonia das obras, a vozearia dos bares e os bandos de turistas curiosos.
ler mais... É numa dessas casas que vive a octogenária Piedade desde que se lembra e onde tem amigas de longa data. Mas o terror instala-se quando - ofuscados pelo potencial deste Porto Antigo - os proprietários e investidores não olham a meios para se livrarem dos velhos inquilinos, que vão resistindo às suas ameaças como podem, mas começam a sentir na pele as represálias. Neste cenário tenso e desumano desenrola-se a história de Três Mulheres no Beiral, que é também a de uma família reunida por força das circunstâncias, mas dividida por sentimentos e interesses: Piedade, que trata a casa como gente; José Maria, o filho incapaz de se impor e tomar decisões; Madalena, a neta que regressa com a filha ao lugar onde foi criada para reviver episódios marcantes do seu passado; e Eduardo, o neto egocêntrico e conflituoso que sonha ser rico desde criança e a quem a venda da casa só pode agradar. Com personagens extremamente bem desenhadas num confronto familiar que trará ao de cima segredos que se pensavam esquecidos e enterrados, Susana Piedade mantém a expectativa até ao final neste romance notável e de rara humanidade que foi finalista do Prémio LeYa em 2021.
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Vemo-nos em agosto

Vemo-nos em agosto

Todos os anos, a 16 de agosto, Ana Magdalena Bach apanha o ferry que a leva até à ilha onde a mãe está enterrada, para visitar o seu túmulo.
ler mais... Estas viagens acabam por ser um convite irresistível para se tornar uma pessoa diferente durante uma noite por ano. Ana é casada e feliz há vinte e sete anos e não tem motivos para abandonar a vida que construiu com o marido e os dois filhos. No entanto, sozinha na ilha, Ana Magdalena Bach contempla os homens no bar do hotel, e todos os anos arranja um novo amante. Através das sensuais noites caribenhas repletas de salsa e boleros, homens sedutores e vigaristas, a cada agosto que passa Ana viaja mais longe para o interior do seu desejo e do medo escondido no seu coração. Escrito no estilo inconfundível e fascinante de García Márquez, Vemo-nos em Agosto é um hino à vida, à resistência do prazer apesar da passagem do tempo e ao desejo feminino. Um presente inesperado de um dos melhores escritores que o mundo já conheceu. A tradução é de J. Teixeira de Aguilar.
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