Mulheres em março
Celebração, Luta e Mudança
Março é um mês especial, dedicado à celebração da força, da luta e das conquistas das mulheres ao longo da história. No dia 8 de março, comemoramos o Dia Internacional da Mulher, uma data que simboliza a busca por igualdade, respeito e direitos. Mais do que homenagens, este é um momento de reflexão sobre os desafios ainda enfrentados e a importância de valorizar o papel das mulheres na sociedade. Que este mês inspire mudanças, reconhecimento e, acima de tudo, mais respeito e oportunidades para todas!
Venha ao Piso 0 da Biblioteca e desfrute da seleção de livros que preparamos para si!
Boas Leituras!
Para mais informações contacte: agora@fe.up.pt
A mulher
A trinta e cinco mil pés de altitude, no conforto da cabina de 1ª classe do avião, Joan Castleman decide deixar o marido.
ler mais... Estão lado a lado, rumam a Helsínquia, onde ele, escritor de renome, irá receber o prémio literário de uma vida.
Na semiobscuridade, Joan mergulha numa intensa reflexão sobre a sua relação com Joe. O início tempestuoso, na universidade, onde ela era a aluna promissora e deslumbrada e ele o professor carismático e casado. E depois, o resto, a vida boémia em Greenwich Village, o nascimento dos filhos, e a decisão de subjugar o seu talento em prol da vida que acreditava querer.
Mas Joe revelou-se medíocre enquanto pai e marido, concentrando-se unicamente no seu dom. E Joan, entretanto, perdeu qualquer sentido de identidade, vivendo apenas como "a mulher do génio".
Agora, perante o apogeu da carreira literária do marido, é-lhe impossível refrear a memória do momento em que, ainda estudante, leu o primeiro conto dele. Chegou o momento de se confrontar com as consequências das opções que tomou tão cedo na vida - e do segredo que ambos sempre guardaram tão bem.
...ler menos
As inseparáveis
Este é um romance sobre a intensa amizade que ligou Simone de Beauvoir a Zaza, Élisabeth Lacoin, que Simone conheceu quando tinha nove anos.
ler mais... Escrito em 1954, narra, em registo ficcional, a história das duas raparigas rebeldes, ao longo da sua educação sexual e intelectual, e que só terminou com a morte de uma das amigas.
Quando Andrée veio frequentar a escola de Sylvie, esta ficou imediatamente fascinada pela sua nova colega: tão inteligente, elegante, sensível e autoconfiante como uma adulta. Ficaram logo amigas e conversavam e faziam planos durante horas a fio. Mas Andrée escondia algumas feridas e sofria uma educação demasiado exigente e reprimida. Andrée é Zaza; e Sylvie, a pequena Simone.
Zaza teve uma morte trágica aos 21 anos. Foi uma personalidade extraordinária em vida, e a sua memória perdurou através das personagens em vários livros de Beauvoir, como Memórias de uma Menina Bem-Comportada e Os Mandarins.
Com um posfácio da filha adotiva de Simone de Beauvoir - Sylvie Le Bon de Beauvoir - em que é feito um relato factual e cronológico desta amizade, da vida e do contexto familiar de Zaza, e um conjunto de cartas e de fotografias, As Inseparáveis é um livro de grande valor literário e documental e uma peça importante no conhecimento da vida e obra de Simone de Beauvoir.
...ler menos
As nove magníficas: o fascínio do poder
Nove rainhas que ousaram ir além do seu papel, marcaram a diferença e ficaram para a História de Portugal.
ler mais...Nove rainhas que ousaram ir além do seu papel, marcaram a diferença e ficaram para a História de Portugal.
É no contributo das mulheres para a construção do país que Portugal é hoje que se centra este livro. Helena Sacadura Cabral apresenta uma leitura pessoal da História de Portugal e realça o papel das mulheres ao longo dos séculos.
Muitas venceram crises profundas, ultrapassaram guerras, desafiaram os papeis convencionais que lhes estavam destinados. Falamos de rainhas, regentes, mães, esposas, diplomatas e políticas, nove mulheres notáveis que deixaram a sua marca e influenciaram o destino de Portugal. Eis o olhar e a empatia de uma mulher de hoje sobre o passado.
...ler menos
As primas
A obra-prima de uma escritora catapultada para a fama literária mundial aos 85 anos. A história de uma família em que as mulheres procuram fugir à norma, com ecos de Lucia Berlin, Shirley Jackson e Carson McCullers.
ler mais...Na cidade argentina de La Plata, nos anos de 1940, conhecemos Yuna e Petra, duas primas que pertencem à mesma família disfuncional, precária e destinada à desgraça. Pela voz de Yuna, vemos um universo tortuoso de mulheres abandonadas à sua sorte, a braços com a pobreza, a deficiência, o delírio fantasmagórico e a pressão social.
Para se evadir do cerco das histórias de ameaças, violações e homicídios, Yuna recorre à sua imaginação artística: a cada episódio de violência, pinta uma nova tela. Vendo na arte uma fuga ao estropiamento familiar, Yuna lança sobre o seu mundo um olhar selvático — ora cândido e perspicaz, ora violento e ensimesmado — e protagoniza uma história que desafia todas as convenções literárias.
Aurora Venturini poderia ser uma das peculiares personagens dos seus romances, já que o seu percurso ficou marcado pelo fait-divers de ter vencido um concurso literário para novos talentos quando já tinha escrito dezenas de livros e se aproximava do fim da vida.
Entre o romance de formação, a delirante autobiografia, o divertimento literário e a radiografia de uma época, As Primas é uma obra que celebra, ao mesmo tempo, as dimensões universal e privada da literatura, revelando a desconcertante originalidade de uma autora que ousa colocar perguntas quase sempre cuidadosamente mantidas em silêncio.
...ler menos
Bandolim
Aranhas, árvores, gatos, biografia, memórias. Não necessariamente por esta ordem.
ler mais...
«Bandolim» é o mais recente livro de Adília Lopes, de que aqui deixamos um poema:
MODUS OPERANDI
Nunca consegui escrever nada com projectos, planos, programas, esquemas, prazos. Grão a grão, verso a verso, enche a galinha o papo. Pôr o carro à frente dos bois. Assim é que funcionou para mim.
...ler menos
Biografias no feminino
Procurámos nestas «Biografias no Feminino» dar a conhecer ao leitor de hoje os dois volumes de biografias que Maria Ondina Braga escreveu
ler mais...
Mulheres Escritoras e Retratos com Sombras, este publicado agora pela primeira vez. Procurámos ainda reconstituir, num gesto igualmente inédito, os diferentes momentos que ao longo do tempo permitiram dar corpo a um projeto pioneiro de escrita biográfica no feminino. Dado que uma parte significativa dessas biografias foi originalmente publicada em revistas, entendemos privilegiar os textos revistos pela autora para a edição em livro. […] Quisemos, por outro lado, resgatar da poeira do tempo e reunir neste volume, pela primeira vez, um conjunto de textos dispersos publicados em diversos lugares da imprensa (Modas & Bordados, Mulher. Modas & Bordados, Mulheres, Sílex, Diário de Lisboa, Expresso, Revista de Cultura - Macau, Nam Van) que, de algum modo, fazem parte deste projeto e trazem à luz facetas menos conhecidas de uma escritora como Maria Ondina ou descobrem o seu papel como mulher e cidadã comprometida com a mudança da sociedade, antes e depois da Revolução. […]
...ler menos
E se Eu Morrer Amanhã?
O novo romance de Filipa Fonseca Silva é uma caixa de surpresas e uma história que todos deveriam ler.
ler mais...
Helena é uma viúva de 79 anos, aparentemente pacata. Vive com o gato num apartamento, independente dos filhos e netos adultos, gozando de ótima saúde física e mental. Até ao dia em que, por acidente, pega fogo à sala de estar.
Obrigada a mudar-se para casa da filha, que começa a questionar a sua sanidade, acaba por revelar um segredo que deixará toda a família boquiaberta: afinal, tem uma vida sexual ativa. Muito ativa.
A partir desta confidência, Helena conta-nos as suas aventuras amorosas e o lema de vida que adotou desde a morte do marido, com quem partilhou mais de quatro décadas de descontentamento.
E se Eu Morrer Amanhã? é um romance hilariante, que nos leva a refletir sobre os preconceitos em relação às mulheres mais velhas e o enorme tabu em torno da sua sexualidade. É também uma luz de esperança, iluminando a ideia de que nunca é tarde para descobrir o que nos faz feliz.
...ler menos
Emma
Emma é uma herdeira rica, inteligente e bela. Optimista, consciente da sua superioridade, segura de si mesma, fiel respeitadora das «conveniências»
ler mais...
enfim, o tipo finito da «verdadeira senhora» —, passa o tempo a combinar casamentos «convenientes» entre amigos e protegidos.
Um dia, sem arranjos prévios, ela própria é pedida em casamento pelo Sr. Knightley. Emma não assume um compromisso, mas não o desencoraja, debatendo-se com um drama interior: o pretendente é amado por uma das suas melhores amigas, a qual Emma deseja ver feliz e «convenientemente» casada.
Porém, no seu íntimo tem um sentimento de aversão ao casamento de Harriet com Knightley e não pelas questões de conveniência que tanto respeita: é que ela própria ama Knightley.
Emma cede finalmente a um amor que tem razões mais fortes que a própria razão.
...ler menos
Livre : como me tornei adulta no fim da história
Lea Ypi cresceu num dos países mais isolados do mundo, um lugar onde os ideais comunistas tinham oficialmente substituído a religião. A Albânia, o último posto avançado estalinista na Europa
ler mais...
, era quase impossível de visitar, quase impossível de abandonar. Era um lugar de filas e escassez, de execuções políticas e de polícia secreta. Para Lea, era a sua casa. As pessoas eram iguais, os vizinhos ajudavam-se uns aos outros e esperava-se que as crianças construíssem um mundo melhor. Havia comunidade e esperança.
Mais tarde, em dezembro de 1990, um ano após a queda do Muro de Berlim, tudo mudou. As estátuas de Estaline e Hoxha foram derrubadas. Quase de um dia para o outro, as pessoas podiam votar livremente, vestir o que quisessem e praticar o culto que desejassem. Já não havia nada a temer dos ouvidos curiosos. Mas as fábricas fecharam, os empregos desapareceram e milhares de pessoas fugiram para Itália em navios apinhados de gente, para depois serem mandadas de volta.
Os esquemas de pirâmide predatórios acabaram por levar o país à falência, conduzindo a conflitos violentos. À medida que as aspirações de uma geração se tornavam a desilusão de outra, e à medida que os segredos da sua própria família eram revelados, Lea deu por si a questionar o verdadeiro significado de liberdade.
Livre é um livro de memórias cativante sobre o amadurecimento no meio de uma convulsão política. Com uma perspicácia e um humor apurados, Lea Ypi traça os limites do progresso e o peso do passado, iluminando os espaços entre os ideais e a realidade, bem como as esperanças e os receios de pessoas arrastadas pela história.
...ler menos
Mrs. Caliban
Publicação inédita em Portugal de Rachel Ingalls, uma das vozes mais importantes da literatura norte-americana do séc. XX, com Mrs. Caliban, considerada a sua obra-prima.
ler mais...
Numa pacata cidade dos subúrbios, Dorothy leva uma existência apagada e rotineira, que somente um velho rádio consegue suspender com as suas mensagens consoladoras: não te preocupes, Dorothy, vai tudo correr bem. É também uma notícia de última hora da rádio que lhe dá conta que um monstro aquático anda a monte pela cidade, o mesmo que consegue entrar sorrateiramente na cozinha de Dorothy.
Porém, ela, uma dona de casa demasiado infeliz para pedir um divórcio, abatida por sucessivos lutos e entorpecida por uma resignação pacífica e silenciosa, tem uma visão totalmente distinta do perigoso anfíbio. Diante dos seus olhos, Larry surge como uma criatura bela e terna à qual não hesita em oferecer guarida…
Publicado em 1983, Mrs. Caliban é a obra-prima de Rachel Ingalls, uma das vozes mais importantes da literatura norte-americana, recentemente redescoberta pela crítica internacional. Um romance que explora os temas da solidão, do amor, e as convenções sociais que escondem o mais sombrio e profundo desespero doméstico.
...ler menos
Novas Cartas Portuguesas
O início de tudo foi o pensamento conjunto de três mulheres, amigas e escritoras, que decidiram abdicar da sua identidade cultural para fazer uma obra que afrontasse o domínio masculino e tocasse em temas proibidos.
ler mais...
Maria Velho da Costa, Maria Teresa Horta e Maria Isabel Barreno produziram uma obra única, também pela forma narrativa inovadora que juntava poesia, romance, ensaio, conto e carta.
...ler menos
O contrário de nada
Eis Blandine, a magnética protagonista de uma história povoada de estranhas figuras: um redator de epitáfios online, uma jovem mãe com um segredo, uma mulher que trava sozinha a sua guerra contra roedores, um filho ingrato, três rapazes enfeitiçados pela mesma rapariga. A todos sucede alguma catástrofe, para quase todos está reservada uma promessa de libertação.
ler mais...
São vizinhos, e vivem num complexo habitacional de baixo custo em Vacca Vale, cidade em decadência. É a partir deste lugar inóspito que Tess Gunty conduz o leitor numa invulgar viagem pelo desconcerto do espírito humano, pelas grandes doenças sociais e pelo alcance incomensurável da imaginação. Uma estreia literária arrebatadora, que inscreve Tess Gunty na linhagem do Grande Romance Americano.
...ler menos
O dever de deslumbrar: biografia de Natália Correia
Intimidando pela verve de aríete e pela beleza, Natália Correia simbolizou, como poucos, as inquietações do século XX português. Precoce e radical no pensamento feminino, vítima de efabulações e de mitos, incompreendida e amada, lançou um olhar oracular sobre o seu tempo.
ler mais...
Em tertúlias, que eram verdadeiras olimpíadas da confraternização lisboeta, o seu traço aglutinador envolvia, juntamente com o fumo dos cigarros, intelectuais e admiradores, que se irmanavam com párias e malditos em ideias e poemas de vanguarda.
Mulher deslumbrante e carismática, equiparada às maiores pensadoras europeias e às estrelas de Hollywood, atacou o Regime onde mais lhe doía - na moral caduca -, elegeu o erotismo como arma política e tornou-se a autora mais censurada da ditadura. Já no bar que fundou em Lisboa, fez e desfez governos à batuta da sua boquilha.
Nesta biografia, da autoria de uma das vozes mais seguras da nova literatura portuguesa, convivem a libertária e a conservadora, avessa a expor a sua atribulada vida íntima, a mulher que desprezava a política partidária e que nela viveu, inclusive como deputada; o espírito frágil e o temperamento intempestivo; o polémico exercício de funções diretivas em órgãos de imprensa e a defesa intransigente das causas maiores; e, em todas as páginas, as contradições e coerências de uma pensadora capaz de criar para si própria uma narrativa que não a torturasse pelas escolhas que fez.
...ler menos
Pride and prejudice
Orgulho e Preconceito é o romance mais conhecido de Jane Austen. Embora o universo que retrata seja circunscrito - a sociedade inglesa rural da época
ler mais... -, graças ao génio de Austen o seu apelo mantém-se intacto. É uma história de amor poderosa, entre Elizabeth Bennet, a filha de espírito vivo e independente de um pequeno proprietário rural, e Mr. Darcy, um aristocrata altivo da mais antiga linhagem. Mas é também uma deliciosa comédia social, à qual estão subjacentes temáticas mais profundas. A sua atmosfera é iluminada por uma jovialidade contagiante, por uma variedade de personagens e vozes que tornam o enredo vibrante e constantemente agitado pelo elemento surpresa, pela genialidade da inteligência e da ironia de Austen. A presente edição de Orgulho e Preconceito conta com uma tradução de grande qualidade.
...ler menos
Querida Ijeawele : como educar para o feminismo
Quando uma amiga lhe perguntou como devia educar a filha como feminista, Chimamanda Ngozi Adichie respondeu com uma carta: Querida Ijeawele…
ler mais...
Neste texto intimista, a escritora faz 15 sugestões. O seu objetivo? Fortalecer as novas gerações de mulheres e proporcionar-lhes ferramentas para crescerem com um maior sentido de identidade e independência. Da aparência à parentalidade, do casamento à sexualidade e até mesmo à escolha dos brinquedos na infância, a autora explora temas fundamentais e incita as mulheres a desprenderem-se dos velhos mitos. É uma das vozes mais poderosas que se erguem num debate que não é apenas importante - é necessário e urgente.
Querida Ijeawele é um texto curto mas repleto de sabedoria. Um manifesto sobre o feminismo que não é apenas para mulheres. Porque o feminismo não pressupõe a exclusão dos homens. Pressupõe a igualdade de direitos para todos. Com humor, inteligência e compaixão, Chimamanda Ngozi Adichie reflete sobre o que significa ser mulher nos dias de hoje, numa obra que promete ser revolucionária… e que pretende apenas um mundo mais justo....ler menos
Um quarto que seja seu
«Uma mulher tem de dispor de dinheiro e de um cantinho seu, para poder escrever ficção - Virginia Woolf».
ler mais...
Um Quarto Que Seja Seu nasceu de duas dissertações subordinadas à temática «A Mulher e a Ficção», proferidas pela autora nas universidades femininas de Newnham e Girton, em Cambridge. Nelas Woolf reflecte sobre os efeitos que as condições de vida das mulheres têm sobre o que escrevem — a sua sujeição intelectual. Contudo, esta obra, plena de subtileza e espírito, é muito mais do que um ensaio sobre as mulheres e a ficção; trata-se de uma construção arquitectónica de ideias de todo o género, habilidosamente dispostas como ilustração do tema central....ler menos
Véspera
Vedina, uma mulher traumatizada por um casamento destroçado, decide, num momento de descontrolo, abandonar o filho, largá-lo
ler mais...
Assim que o faz, contudo, arrepende-se de pronto, regressando ao local onde deixara o pequeno. Mas já nada encontra no local, nem a criança nem quaisquer vestígios da sua presença.
A partir de então, a história prossegue, contada em dois tempos, levando o leitor a um mundo de medos e sombras, de vícios desgraçados e comportamentos controladores, remexendo as entranhas de uma família violenta e perdida, enquanto procura responder a uma dúvida essencial e sempre presente: como se chega ao limite?
Depois dos sucessos de Tudo É Rio e A Natureza da Mordida, que fizeram de Carla Madeira a autora a mais lida no Brasil, Véspera vem confirmar-lhe o talento definidor da atual literatura brasileira. Uma obra com personagens de tremenda força emocional, dramáticas, misteriosas. Um labirinto de emoções do qual o leitor, preso na trama, só sairá no fim. Ou talvez nem isso....ler menos