Jorge de Sena Jorge de Sena

Poeta, ficcionista, dramaturgo, tradutor, ensaísta, erudito e historiador português
Lisboa, 2 Novembro 1919 — Santa Bárbara, Califórnia , 4 Julho 1978

Jorge de Sena na primeira pessoa

“Sou pessoalmente contra qualquer igreja organizada ou qualquer partido organizado, mas reconheço o direito de qualquer pessoa a ser um membro seja do que for, desde que a minha liberdade pessoal não seja com isso afectada.

Acredito que os deuses existem abaixo do Uno, mas nesse Uno não acredito porque sou ateu.

Filosoficamente, sou um marxista para quem a ciência moderna apagou qualquer antinomia entre os antiquados conceitos de matéria e espírito. Mas, politicamente, sou contra qualquer espécie de ditadura (quer das maiorias, quer das minorias), e em favor da democracia representativa.

Sou a favor da paz e do entendimento entre as nações, e espero que o socialismo prevalecerá em toda a parte, mantendo todas as liberdades e a democracia representativa.

Moralmente falando, sou um homem casado e pai de nove filhos, que nunca teve vocação para patriarca, e sempre foi a favor de a mais completa liberdade ser garantida a todas as formas de amor e de contacto sexual.” (Sena 1989, 21)

Sena, Jorge de. 1989. Poesia I. Lisboa: Edições 70.


Um retrato possível
Jorge de Sena “Uma característica do Sena era a movimentação das mãos, com os dedos finos e compridos. Não eram movimentos abertos, de gestos largos. Era uma movimentação conjugada das duas mãos, que variava conforme as situações e os sentimentos interiores. Dir-se-ia que expressava os sentimentos com as mãos.” (Lamas 1988, 8)

Lamas, João António Ferreira. 1988. “O Sena que eu conheci”. Ingenium: Revista da Ordem dos Engenheiros (Supplement). 17 (February): 2-12.


Para saber mais