GLOSSÁRIO

Termos relacionados com “Máquinas a vapor”

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C

CAIXA DE FUMO

A extremidade principal da caldeira, através da qual passa o vapor de descarga dos cilindros e os gases do fogo são extraídos para a chaminé.

CALDEIRA

Local onde o vapor é produzido. A caldeira deve ser cheia com água quase até ao topo. Quando a água ferve, o vapor é gerado no espaço entre o topo da água e da caldeira. À medida que a massa de vapor aumenta, a pressão começa a subir até atingir a pressão nominal. Este valor situa-se entre as 150 psi (libras por polegada quadrada) e 300 psi, dependendo da idade e do tipo de máquina.
A forma tradicional da caldeira, conhecida como caldeira paralela, apresenta o mesmo diâmetro que o comprimento. Um outro tipo que se tornou popular foi a caldeira cónica. Para reduzir a perda de calor as caldeiras são isoladas e, depois, forradas com uma fina camada de aço. Durante muitos anos o material isolante foi a madeira e depois amianto. Em tempos mais recentes, vários materiais naturais ou artificiais têm sido usados.

CAIXA DO DISTRIBUIDOR

A parte interna do bloco do cilindro onde a câmara das válvulas se liga ao fornecimento de vapor e aos tubos de escape.

CILINDRO

O centro do sistema de conversão de energia de uma máquina a vapor. Uma máquina tem pelo menos dois cilindros. A seguir a cada cilindro está uma válvula que controla o fluxo de vapor que entra e sai. Normalmente, um cilindro e a sua válvula estão moldados num bloco único.
É dada muita importância ao tamanho dos cilindros em relação ao tamanho da caldeira, à pressão e à quantidade de trabalho que a máquina necessita de executar. Cf.Cilindro, Funcionamento do .

CILINDRO, FUNCIONAMENTO DO

Quando é libertado num cilindro, o vapor expande-se no espaço disponível. Se um êmbolo for colocado no seu interior, a pressão do vapor deslocará o êmbolo durante a sua expansão. Quando o êmbolo chega ao fim do seu curso, o vapor é admitido no cilindro no outro lado do êmbolo, o que puxa o êmbolo para trás. Enquanto o êmbolo retorna, o vapor usado no curso inicial é expelido do cilindro e esgotado para a caixa de fumo, onde é lançado para a atmosfera através da chaminé. Detalhadamente, o ciclo é o seguinte: antes do êmbolo começar a mover-se, o vapor é admitido no espaço entre o remate do cilindro e a face do êmbolo para aumentar a pressão. Esta fase é conhecida como lead. Depois de admitida uma certa quantidade de vapor no interior do cilindro e o êmbolo se começar a mover, o fornecimento de vapor é cortado. Tem lugar a expansão do vapor e o êmbolo move-se até ao máximo. Nos últimos 25% do seu curso, a exaustão é aberta e o vapor começa a escapar. Quando o êmbolo inicia o trajecto de retorno o mesmo processo é repetido na outra ponta do cilindro. À frente do êmbolo, durante o trajecto de retorno, o vapor do ciclo anterior é esgotado até 75% do seu curso, quando a porta é fechada e o restante vapor é comprimido até cerca de 30% da pressão de admissão normal. Neste momento, a posição inicial de lead é retomada e ciclo repete-se.

CILINDRO, TORNEIRAS DA PURGA DO

A utilização de vapor nas máquinas origina condensação, que se traduz em água nos canos, válvulas e cilindros. A água pode reduzir a eficiência do vapor e pode danificar os cilindros onde a admissão do vapor é feita por cima de água. Para eliminar a água, os cilindros possuem pequenos canais de evacuação, chamados de torneiras da purga dos cilindros, para que a água possa ser expelida sobre a pressão do vapor.
As torneiras dos cilindros deviam ser deixadas abertas para que, quando a máquina começasse a trabalhar, e a admissão do vapor fosse feita nos cilindros, a água fosse expelida. Uma vez iniciado o trabalho, e a máquina aquecida, as torneiras podiam ser fechadas e a pressão total ficava disponível. Normalmente existiam três torneiras por cilindro ligadas entre si, controladas por uma alavanca.

CONTRABALANCEIRO

Um sistema para superar as forças induzidas por um motor a vapor, convertendo o movimento deslizante em movimento rotativo. É fornecido peso adicional durante o movimento para opor o peso das manivelas e alavancas.

CORREDIÇA DE EXPANSÃO

Uma alavanca curva e chanfrada utilizada em vários tipos de sistemas de válvulas para permitir o ajustamento da posição das válvulas relativamente ao inversor; daqui o seu nome relacionado com a expansão do vapor.

CORTE DO VAPOR

No funcionamento de uma máquina a vapor, o ponto em que a válvula fecha o canal do vapor para evitar que mais vapor entre no cilindro, isto é, o fim do ciclo de admissão. Para lá deste ponto, a expansão natural do vapor continua o movimento do êmbolo, iniciado com a admissão do vapor. Este ponto é ajustado pelo inversor.
O corte do vapor é referido como uma percentagem do curso do êmbolo. Usualmente varia entre 15% a 75% do curso. Quando uma máquina inicia o seu trabalho é necessária a máxima potência, pelo que o vapor será admitido no cilindro o máximo de tempo possível ou cerca de 75% do curso do êmbolo. A máquina está assim a trabalhar a 75% de corte de vapor. Quando atinge o ritmo necessário a quantidade de vapor admitido no cilindro vai sendo reduzida até que atinja os 15% de corte de vapor.

CRUZETA

Bloco de aço, que serve de ponto de apoio, onde se juntam a biela e o lado mais pequeno do tirante. Está colocada entre duas barras de modo a manter o alinhamento da biela com o cilindro.

CÚPULA

Um acessório, com forma de cúpula, colocado no topo da caldeira usado para receber válvulas reguladoras, válvulas de segurança ou areia. A necessidade desta peça deve-se ao facto de a água a ferver no topo da caldeira frequentemente transbordar para o tubo do vapor que conduz aos cilindros, resultando na sua avaria— veja Fermentação. Para resolver o problema foi colocada a cúpula para recolher o vapor e desviá-lo para a válvula reguladora.