GLOSSÁRIO

Termos relacionados com “Máquinas a vapor”

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V

VÁLVULA CORREDIÇA (DISTRIBUIDOR)

O sistema de válvulas tradicional usado nos motores a vapor para controlar o fluxo de vapor de e para o cilindro. Como o nome sugere, a válvula desliza horizontalmente sobre os canais de admissão, abrindo e fechando os canais conforme necessário, para fornecer ou evacuar vapor no cilindro. Mis tarde, foi substituída pela válvula distribuidora cilíndrica.

VÁLVULA DISTRIBUIDORA CILÍNDRICA

Tipo de válvula de máquina a vapor, de formato circular, desenvolvida para superar os defeitos da válvula corrediça, nomeadamente a impermeabilidade e o desgaste do vapor.

VÁLVULA REGULADORA

A principal forma de controlar o vapor numa máquina a vapor. Há vários tipos de válvulas com diversas localizações. Normalmente, fica localizada no topo da caldeira. Ver Regulador.

VÁLVULAS DE SEGURANÇA

Válvulas de pressão montadas no topo da caldeira ou da fornalha concebidas para permitir a libertação do vapor se a pressão da caldeira exceder os limites de segurança.

VAPOR

Vapor é o gás resultante da ebulição da água. Se estiver confinado, cria uma pressão que pode ser aproveitada como força de trabalho. É de notar que o vapor puro é invisível. O que normalmente vemos, na verdade, são pequenas gotículas de água que ocorrem em resultado da condensação. O trabalho que pode ser extraído do vapor é conseguido permitindo a sua expansão natural à medida que arrefece. Se o vapor for afastado da fonte de calor que o produz, vai arrefecer e expandir. Esta expansão pode ser empregue em trabalho, como empurrar um êmbolo dentro de um cilindro.
A pressão do vapor pode ser usada para trabalhar assim como a expansão. O vapor recolhido da água em ebulição numa caldeira pode ser confinado ao espaço acima do nível da água, enquanto a sua pressão vai aumentando cada vez mais à medida que mais água é fervida. A pressão acaba por atingir o nível de trabalho seguro da caldeira. Quando carregadas as válvulas de segurança permitem que o vapor escape se a pressão subir acima do valor de trabalho normal. Numa máquina a vapor a pressão e a expansão são utilizadas no interior de cilindros para movimentar a máquina. Ambas podem ser variadas pelo condutor para regular a força da máquina em cada circunstância.

VAPOR DE DESCARGA

O vapor que escapa dos cilindros após as fases de admissão e de expansão (ver Cilindro, Funcionamento do), isto é, depois do vapor ter completado o seu trabalho. O vapor de descarga é utilizado para vários fins depois de ter deixado os cilindros — fazer funcionar injectores, ejectores.

VAPOR HÚMIDO

Termo genérico para a mistura de líquido e vapor de água existente na caldeira. O vapor húmido pode ser aquecido de forma a ficar sem líquido, ou seja, seco.

VAPOR SATURADO

Vapor que ainda não foi sobreaquecido. Também referido como “vapor húmido”.

VAPOR SOBREAQUECIDO

Vapor que foi reaquecido ou "seco" depois de produzido na caldeira. O vapor sobreaquecido tem menos vapor de água e, portanto, não condensa tão rapidamente como o "húmido" ou o vapor saturado. Este método pode levar a uma poupança de 25% de combustível e 30% de consumo de água.

VAPOR VIVO

Vapor fornecido directamente da caldeira e usado para diferentes dispositivos, tal como o ventilador, ejectores, injectores, travões a vapor, etc. Em alguns casos, quando disponível, o vapor saturado é utilizado como um aditivo ou substituto do vapor vivo.

VENTILADOR

Uma forma de conseguir uma tiragem para o fogo quando não há descarga. Um tubo leva o vapor vivo para um anel do ventilador, normalmente ajustado ao topo do tubo de explosão ou à base da chaminé. O ventilador é utilizado para manter a tiragem do fogo, sendo controlado pelo condutor, que abre uma válvula na cabine para permitir que o vapor vivo escape da caldeira para a chaminé sempre que não haja vapor de descarga dos cilindros para induzir a tiragem.
A tiragem do ventilador faz fluir os gases do fogo através dos tubos até à fornalha e evita a reversibilidade do fluxo, que resultaria num retorno do fogo na cabine.